12 de dezembro de 2010

MÁGICO TEATRO





Tem riso que parece choro, tem tristeza que parece poesia.
O Teatro Mágico pisou no palco, pisou no céu, seus malabares, suas acrobacias, suas letras, sua energia. Contaminado foi o Fundição. A positividade subiu em forma de Gabriela num bambolê, em forma de Anitelli “a poesia prevalece”. As notas altas, filhas de Silvio Depieri, quase tão altas quanto a atmosfera do lugar ou as expectativas, na primeira metade já batidas.
O show de três horas na Cidade Maravilhosa, comemoração de 7 anos da Trupe, me deixou com gosto de quero mais. Com participações de Leoni, Forfun e os Varandistas o show teve tudo o que eu gosto: Michael Jackson, Cazuza, Circo, Piadas, Risadas, TEATRO. O melhor show da minha vida.
O melhor show da minha vida!
O show que Anitelli exige dizer que não é show. Pretexto de junção de pessoas diferentes, de opostos, de dispostos. Afinal de contas, eles se atraem, não é?
A energia que me deixa afônica, que me leva pra cama tarde e me acorda sentindo como se hoje fosse ontem e o amanhã nada é. Energia boa demais pra se desperdiçar ou banalizar. Por isso ano que vem, show do Teatro Mágico, me chama que fui, mas até lá, todo dia será ontem.


Post resultado do show de 7 anos do @TeatroMágico na Fundição Progresso, com @MarianaMauro, @CarinavD@Gisele_Motta e João Gabriel.

2 de dezembro de 2010

PRÊMIOS PARA BLOG VAGALUME


O mundo blogueiro é um mundo interativo e conectado. Não vale a pena se contentar em escrever no seu blog, pedir comentários e pronto. É preciso estar antenado com vários outros mundos paralelos que de algum modo anti-matemático acabam se cruzando com o seu (lembra, retas paralelas não se cruzam... blablablá diz a professora da quarta série).
Bom, essa interação inventou prêmios, e o blog Vagalume ganhou alguns !!!!
=D Estou com um sorriso de orelha a orelha e vou colocá-los aqui e explicar.





Esses selos são do prêmio "Blog Digno de Ser Lido" e "Escritores Virtuais", indicados pelo blog de Nícolas Queiros e pelo Mundo Jovem. São prêmios dados aos melhores blogs focando a escrita. A regra de quem ganha é indicar 6 blogs de minha preferência:


Esse é um selo de gosto, foi repassado pelo blog de Nícolas Queiros, e minhas indicações são:



Também recebi o prêmio "Stylish Blogger Award" e o "Prêmio Dardos", que merece até citação:
"O Prêmio Dardos é o reconhecimento dos ideais que cada blogueiro
emprega ao transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais, etc... que, em suma, demonstram sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre suas letras, e suas palavras. Esse selo foi criado com a intenção de promover a confraternização entre os blogueiros; uma forma de demonstrar o carinho e reconhecimento por um trabalho que agregue valor à web."

É um prêmio sem número máximo de indicações, mas é preciso postar o link de quem o indicou.
Meus indicados e indicador:



E last but not least (eu gosto dessa frase) o Selo de Qualidade, que vem com uma condição a mais: Repassar o selo para 10 blogs e dizer 10 coisas sobre mim.

1) Adoro listras
2) Tenho um gato chamado Fumaça e eu juro que ele entende as coisas que eu falo
3) Tenho vontade de fazer Medicina
4) Adoro cantar
5) Falo sozinha e ando dançando na rua
6) Já me mudei de casa 8 vezes
7) Viajar é algo que não perco a oportunidade de fazer
8) Quero aprender Francês
9) Gosto de barzinho com música ao vivo
10) Não me canso de comer

Meus indicados:


26 de novembro de 2010

UM PEQUENO UPDATE



Oii Gente! O Luto passou. Me restam as lembranças e a companhia das minhas próprias palavras e pensamentos. Mas o luto passou. Fica a saudade e a esperança de um novo dia. O luto passou.
E como passou, vamos falar de outra coisa.
Na verdade hoje só vim dar um pequeno update sobre a dupla Morena.

(Quem ainda não sabe do que eu estou falando dá uma olhada aí embaixo):


Ou entrem no Canal de Lucas Millecco e veja todos os vídeos Cover.

Enfim, quem acompanha os vídeos viu uma peridiocidade neles, toda terça e quinta, na pior das hipóteses, um vídeo por semana.
Meu UPDATE é pra dizer que a dupla vai deixar de fazer vídeos por enquanto. MAS A DUPLA NÃO ACABOU. É só até comprarmos uma câmera melhor.
Tudo para o seu melhor conforto, consumidor! (Casas Bahia mode on)

É isso.

17 de novembro de 2010

R.I.P. Wendel



Será que já caiu a ficha? Será que sabemos o que é a vida? O que não é? As palavras reverberam na minha cabeça mas sinto que só as absorvo. Será o choque? Será a tristeza? Talvez a sublimação das coisas. Quem sabe do que se passa...

Na madrugada dessa segunda-feira o mundo perdeu um talento. Um dos mais brilhantes compositores que eu já conheci na minha vida (e eu nem acredito que tive a oportunidade de conhecê-lo).
Até agora sinto que não voltei a mim. É incrível o que uma pessoa pode causar na gente, independente de estar ou não presente. Você pode nem se dar conta disso, mas com certeza sua existência atingiu alguém, atinge alguém, e você faz diferença.

Queria eu dizer pra todas as pessoas que fizeram part
e da minha vida o quanto elas significam. Queria eu ter dito muito mais coisas para o Wendel. Um ótimo músico e um ótimo homem.
Não adianta perguntarmos o porquê, nunca teremos a resposta mesmo. Pelo menos não nesse mundo, pelo menos não por nós mesmos, mortais.
Pessoas são estrelas. Aqui, em vida. Iluminam a vida de outras pessoas, deixam marcas, registram-se na história. Elas vêm não pra viver, mas pra que outros vivam nelas. São presentes, estão presentes. Por que não dizer isso? Quando há a saudade há a boa lembrança. Quando há o bom passado, houve o bom presente. Privilégio poder sorrir.

Eu sorri. Hoje.

Freud dizia que a Arte está aí pra sublimar nossos sentimentos. Talvez eu esteja aqui sublimando minha vontade de deitar em posição fetal e chorar, chorar muito. Mas estou escrevendo, sentada em minha mesa, às 00h51 de um dia de semana. Acho que isso me comprova que meu negócio é mesmo escrever. Frases, parágrafos, sobre tudo, sobre nada. Até agora não tive dúvidas de que estou no ramo certo, e a prova disso tem sido as pequenas coisas.



Mas isso é um pequeno parênteses nesse post, totalmente dedicado àquele que vai deixar imensas saudades, uma lacuna que talvez nunca será preenchida nessa vida. Aqueles que o conheceram sabem inegavelmente do que estou falando, e pra eles deixo meu grande abraço.
R.I.P. Wendel Mattos.

Para aqueles que não tiveram a oportunidade de conhecê-lo, um pequeno testemunho e uma música dele:


Outro post sobre ele, nesse blog: http://www.newtonprado.co.cc/2010/11/15-wendel-mattos.html

10 de novembro de 2010

TROPA DE ELITE 2



“Apesar da incrível semelhança com a realidade, esse filme é uma obra de ficção”. Para mim, o filme poderia terminar aí, nessa frase, antes de música de abertura, antes de nada.
José Padilha nos surpreendeu mais uma vez com Tropa de Elite 2. Quando todos já estavam acostumados com a ideia de que não existe boa continuação, que o primeiro filme é sempre melhor e bla blá, esse cineasta brasileiro faz uma das melhores continuações que já vi em toda a minha vida. Quem viu Tropa de Elite 1 pode ter idéia de como deve ter sido difícil bater a qualidade e o público do primeiro filme. Mas bateu, e rendeu o que foi, na minha mísera opinião crítica, um dos melhores filmes do ano, junto com A Origem.
Como não temos o filme vazado na internet dessa vez (graças a Deus), quem ainda não foi ver no cinema fica aqui com o trailer:


29 de outubro de 2010

UM VIOLÃO


Foi engraçado. Foi de repente. Dois amigos se juntaram e começaram a cantar, um violão pra acompanhar. Sem muita pretensão de ser nada além de divertido, o que de fato foi. Pareceu ruim, pareceu bom, pareceu tão certo!

Corremos atrás da felicidade, aquela tal felicidade de cartaz de plano de saúde, aquele mundo de utopia onde todo mundo sorri cordialmente para os outros na rua e onde tudo é perfeito e acessível. Esquecemos da real felicidade, a felicidade ao alcance dos dedos, do dia-a-dia, da risada imprópria, da roda de violão. 

É esse o sorriso que deve perpetuar em nossos rostos, é esse sorriso que pretendo cultivar, felicidade que brotou num cover mal-arranjado de Velha Infância.

Pra quem quer saber de onde surgiu esse devaneio:

MORENA - O RITMO DA CHUVA

MORENA - VELHA INFÂNCIA

22 de outubro de 2010

TOMA UM REMÉDIO PRA SAUDADE QUE PASSA(?)



Hoje em dia tudo me dá saudade. Saudade do que eu vivi, do que vi e do que senti. Qualquer foto, música, frase, o relembrar de uma pessoa, me apertam o peito de tal maneira, que dói quando digo: QUE SAUDADES DISSO!! Lugares dão saudade, objetos, fotos, cheiros. Uma pulseira de neon de uma tal festa da galera, um bilhetinho que foi passado no meio da aula de matemática, um caderno rabiscado, um baralho velho que animava os intervalos de colégio...
Mas nada disso teria efeito se não pelas pessoas.
AS pessoas.
Conviver com gente tão importante assim é o que traz a certeza de que a saudade não passará, provavelmente nunca, mas que isso não importa. Se esse sentimento de impotência, esse querer voltar no tempo e não poder faz, de vez em quando, uma lágrima rolar, tudo bem.

Amigos. Reais. Que estão espalhados pelo mundo, mas que de uma forma INEXPLICÁVEL estão aqui do meu lado, enquanto escrevo isso. E amigos, mesmo em fortes tempestades, jamais irão se separar.



foto da minha formatura de terceiro ano.

(Eu sei que disse que colocaria no meu próximo post as fotos da viagem de Teresópolis, mas peço mil desculpas e dou um motivo por que elas não estão aqui: ninguém me passou ainda. Mas termino o post de hoje dizendo que elas estarão, em breve.)

15 de outubro de 2010

UM BRINDE, UMA ESTRELA CADENTE


Depois de 10 dias sem postar, nem pra mostrar que ainda vivo e que o blog ainda possui dona, cá estou eu de novo. No feriado saí do Rio de Janeiro e saí da rotina. Fui passar os melhores 4 dias de 2010 (até agora) em Teresópolis com uns amigos. E foi na noite de terça-feira, deitada em um cobertor na grama, olhando o céu estrelado que pensei o que quero compartilhar aqui.
Ali, naquele momento, eu estava sorrindo. Com frio e cansada, me sentia absolutamente feliz, e sentia que não precisava de mais nada para ter uma vida perfeita. Mas se hoje ver uma estrela cadente entre amigos me traz essa felicidade plena, será que me fará sentir assim daqui uns 10 ou 20 anos? Ver uma estrela cortar o céu será o suficiente pra eu ficar de bem com a vida? Ou é uma ilusão infantil pensar que sim? Provavelmente alguém me dirá que as pessoas mudam ao longo do tempo, e suas perspectivas também, portanto não tem como sentir-se do mesmo jeito.
Paro pra pensar: o que exatamente muda? Tornamo-nos incapazes de sentir o que uma criança sente no dia de Natal ou do seu aniversário, ou simplesmente deixamos de dar por isso? Não é o tempo que tira o brilho das coisas que vemos, são nossas próprias mãos que arrancam as lentes cor-de-rosa e as lançam pra longe, por acharmos ridículo andar por aí com óculos cor magenta e sentindo-se criança. Vamos rir! Vamos apostar pra ver quem pula mais rápido! Brindar a cada refeição sem motivo específico. Deitar no chão pra ver formas nas nuvens, pra contar estrelas!! Sentir-se leve e despretensiosamente feliz. Brincar mais e sorrir, sorrir sempre.
Vale a pena também ler o blog da Mariana Mauro, que viu a mesma estrela do que eu. http://jovempornatureza.blogspot.com/2010/10/estrela-cadente.html

(No próximo post tentarei colocar as fotos da viagem. Um beijo!)

7 de outubro de 2010

140 CARACTERES



Quando o twitter nasceu, lá por fevereiro do ano passado, fiz uma conta. Era um saco. Ninguém tinha twitter, quem tinha não sabia pra que servia, e quem não dizia que não sabia ficava twittando inutilidades a cada meio minuto. Revoltei-me, exclui e deixei aquilo pra lá. Pra que ter aquele negócio, afinal?

Foi num almoço na casa de um amigo (@pretoiasp ) que decidi que daria uma segunda chance pra aquilo. Segundo o IBOPE, o twitter cresceu 96,8% em março deste ano, bem na época em que refiz o meu.

Bom, quem me segue (@MilleDornelles) percebe que minha inimizade com o twitter passou, mas o fato de escrever míseros 140 caracteres ou menos ainda é demais pra mim. Sério, como se escreve algo em 140 caracteres? Algo com importância, com substância... Quem tem acompanhado esse blog percebe que eu gosto de desenvolver ideias, e quem me conhece sabe o quanto eu gosto de conversar. Não, não dá pra desenvolver uma ideia em 140 caracteres, foi o que sempre pensei.

Pra driblar isso, os twitteiros desenvolveram algumas técnicas: tem gente que só twitta indiretas, tem gente que só twitta coisa inútil, tem gente que não twitta nada. E tem gente que coloca hashtag em todas as palavras que escreve.

O twitter é uma grande feira livre, mas lá você escuta quem você quer.

O arroba e o octothorpe (jogo-da-velha) ganharam novos significados. Tudo mudou de sentido. Estar nos TTs é estar famoso. Contar uma boa piada no twitter é ser eternizado como WebStar e concorrer ao VMB. Por outro lado, ter menos de um zilhão de seguidores é ser condenado ao anonimato, e não ter nenhum Retweet é sua pena de morte.

O twitter tem modificado as conversas, as pessoas. Lembrando das aulas de Teoria da Comunicação, o filósofo e educador canadense Marshall McLuhan já dizia que a sociedade se modifica dependendo da mídia que utiliza. Estamos mais impacientes, queremos ler pouco e entender muito, conversas pontuadas e informações em forma de manchete.

Claro que o twitter tem suas muitas vantagens, são elas que ainda me mantêm lá. Não é a toa que Jack Dorsey (@Jack) já faturou 55 milhões de dólares. Informação em tempo real é algo sempre bom. Sentir-se mais próximo de seus ídolos e de gente que você admira, conversar com amigos que moram longe, ou nem tanto. Fora que eu me divirto muito com os tweets de #epicfail das pessoas =)

6 de outubro de 2010

DEDOS CRUZADOS


Depois de alguns minutos parada na frente do computador vendo o cursor bater pausadamente na minha cara, comecei a escrever. Inicialmente era um recado de motivação e força, mas sinceramente, não tinha a menor noção do que iria sair dali, estava escrevendo mesmo sem pensar nas palavras. A gente nunca sabe quando uma notícia ruim vai chegar e bater na sua porta. Ela vem e você tem que simplesmente lidar com ela. E dane-se. Foi assim.
Recebi a notícia de que minha prima fará uma cirurgia, e como ela mesma disse, aliás com sábias palavras, câncer é uma palavra muito forte e ninguém gosta muito de usá-la, “pois é quase impossível ter algum sentimento positivo vinculado à essa doença”.
O cursor continuava batendo na minha frente, não poderia dizer quanto tempo se passou, e nem se foi tanto quanto pareceu, talvez não chegou a um minuto, mas que o mundo deixou de agitar-se ao meu redor, isso com certeza aconteceu. Naquele intervalo de tempo nada era mais importante, nada merecia mais atenção. Naquele momento? Por que não durante toda a minha existência? Quero dizer, minha prima sempre existiu, meu bom sentimento por ela também e com certeza o medo quase que infantil de cirurgia também. Mas a gente não se liga pra isso até que ele bata com a porta no nosso nariz de coxinha.
Comecei a escrever um comentário em seu blog (que aliás é muito bom, está no fim do post) me perguntando por que não pego o telefone e ligo. Tudo bem que ela acabou de se mudar e ainda não tem telefone, mas isso não faz parte da questão que estou tentando pontuar. Será que nos tornamos tão impessoais assim? Dizem pra mim que necessitam de cirurgia e eu comento no blog? Ou será que o sentimento é o mesmo e é um preconceito sem tamanho achar que relações virtuais são menos verdadeiras do que o cara-a-cara? Só porque nos falamos virtualmente significa que não há sentimento nisso?
Continuei a escrever e, por algum motivo, não saiu tão ruim quanto achei que sairia. Acho que a diferença é mesmo o sentimento que se põe naquilo que se faz. A verdade que é mola propulsora de tudo.
Que sentimento você põe em suas ações?
Post dedicado à Kelly, que vai operar hoje.
Blog de Kelly Yara a quem interessar boas ideias: Próxima Aula...

5 de outubro de 2010

MICHAEL JACKSON



Michael Jackson. Esse nome soa atemporal. Hoje não é o aniversário de sua morte, nem do lançamento de Thriller. Ninguém tá falando dele por aí, ele não vai participar do SWU (obviamente) nem apareceu um cara alegando ser filho de Michael Jackson junto com Lady Gaga. Mas me deu vontade de fazer um post sobre esse gênio da música, dar uma relembrada.

No dia em que Michael Jackson morreu o mundo parou. As pessoas não falavam de outra coisa e não deixavam de se chocar. Lembro que a internet parou de tantos acessos por seu nome, e que a TV interrompeu a programação regular pra mostrar sua vida e carreira. E foi nessa hora que paramos pra pensar que o cara era um ícone, um ídolo! E ele estava vivo, vivendo entre nós. Mas só após sua morte é que demos o devido valor.

Não quero repetir esse erro com as pessoas que amo, que estão à minha volta. Amá-las agora pra não passar os dias lamentando o que não fiz, o que não disse.

Mas isso é só um pequeno parênteses nessa homenagem ao REI DO POP, que na minha opinião era mais do que isso. Era um ídolo sem adjetivos suficientes. E a prova de que um ídolo nunca morre é o fato de sua morte, depois de mais um ano, ainda me parecer uma mentira.

4 de outubro de 2010

FUGIR DA MÍDIA



Eleições. Dilma e Serra no segundo turno. Tiririca ganhou um milhão de votos. Carpegiani é o novo técnico do São Paulo. Pioneiro dos bebês de proveta ganha prêmio Nobel. Saiu na mídia, tá todo mundo comentando. Parece que os meios de comunicação tem ditado o assunto que preenche a cabeça das pessoas. Se você ainda não percebeu isso, faça a prova. Vá até um bar e sente-se despretensiosamente ao lado daquela mesa cheia de caras de terno, já sem gravatas, com entre 5 e 8 copos de chopp vazios em cima da mesa. São dessas mesas que sempre saem as conversas mais variadas. Salvo os comentários sobre pessoas conhecidas só deles, quantos são os assuntos que saem ali que não estão nos jornais hoje?
A rapidez das notícias é outra coisa que me espanta. Se eu começar uma conversa falando do caso do goleiro Bruno, ela vai se limitar a pequenos comentários. O assunto já está ultrapassado. Se eu for falar da gripe suína então... Muitos nem lembram quando aconteceu.
11 de Setembro virou acontecimento histórico. Fala-se disso apontando fatos e números, situando-o numa linha do tempo, detalhado com causas e efeitos. Como a Revolução Francesa ou a Guerra da Manchúria. Quem fala do passado é professor de história, mas falar de Tiririca é in.
Em 2008 fiz uma viagem pra Europa. Foi bem na época do caso da Eloá (lembra?). Quando eu voltei, CLARO que não sabia de nada, ainda não conhecia as maravilhas de acessar o mundo pelo iPhone. Fiquei espantada com as pessoas, parecia que só havia isso acontecendo no mundo. Não conseguia firmar uma conversa com alguém que não fosse sobre Lindemberg e as adolescentes. Todos os papos caíam pra esse lado, e eu querendo falar das paraolimpíadas (de Benjing, lembra?) não tinha deixa nenhuma. Sem falar do fato de todo mundo me olhar como um E.T. por não saber os zilhões de detalhes da história dos três lá.
O ser humano pensa em tantas coisas, tanta coisa que não aparece na televisão, tanta coisa que nos faz seres pensantes... Como podemos esquecer delas ou achar que, só porque não são anúncios do Jornal Nacional, não valem o nosso tempo?
Dê atenção às tuas ideias. Que provêm de ti, da tua vida, do teu tempo ocioso. Curta aquilo que pensas.

3 de outubro de 2010

O PRIMEIRO TEXTO


O primeiro texto a gente nunca esquece. Os outros pode até ser, dependendo do seu estágio de Alzheimer. Mas a primeira vez, ah! Dessa a gente lembra. A primeira vez que sentei e descontei tudo o que pensava numa folha branca de papel. No meu caso, numa tela limpa de computador. E depois que eu terminei, até eu fiquei abismada com o tamanho do arquivo, não sabia que pensava tanto, e nem que haviam tantos sinônimos para a palavra pensar.

Ele não tinha nome. Não tinha pontuação ou margem e nem era colorido. Era extenso e bem confuso de entender. Mas era meu, era eu. Era o meu eu dizendo tudo o que tinha pra dizer. E agora, nesse segundo primeiro texto da minha vida, eu volto a dizer: pequenas coisas fazem de você o que você é.

E uma lição é tirada aqui: sempre, sempre salve com proteção o que escrever.