14 de dezembro de 2011

INEVITÁVEL

O marchar dos dias fazendo barulho em meus pensamentos de quarto fechado. O pulsar do coração enquanto seguro sua mão e fujo da vida, vida adentro. O futuro inevitável de sonhos e saudades. Os sonhos me afogam, as saudades me elevam. Ou o contrário de tudo. Apóio-me nos alguéns dos quais sentirei saudades também.

15 de setembro de 2011

A Câmera com um homem

Créditos:
Direção: Rodrigo Curi
Storyboard: Edmur Testa
Produção: Nathália Machado - Camille Dornelles - Leonardo Ferreira
Edição: Lucas Millecco - Paula Millecco

17 de agosto de 2011

1 ANO DE RIO DE JANEIRO




Quando as crianças completam um ano de idade, as mães fazem uma enorme festa, convidam todas as pessoas que conhecem, todos os parentes e procuram durante meses pelo melhor buffet e salão. Vestem seus filhinhos com a melhor roupa que eles têm e tiram milhões de fotos para a eternidade. 
É um momento histórico, sagrado, momento de festa e celebração, e é assim que me sinto hoje.
Ontem completei um ano morando sozinha no Rio de Janeiro.

Há exatamente um ano eu estava deitando em uma poltrona-cama improvisada dentro de um cubículo de 12 m² na Tijuca. Com muitos sonhos na cabeça e muitos planos traçados numa folha de caderno novo em cima da mini mesa da cozinha. Mal sabia o que iria passar durante um ano, mal sabia eu o que me esperava, o que a vida me guardava.
Já realizei muitas coisas das que quis, já passei por muitos bons e alguns maus momentos, vivi muito mais do que eu imaginei que viveria, e sei que não cheguei nem na metade !
Nesse um ano que estou aqui muitas pessoas me ajudaram, e acho que esse é o momento propício para agradecê-las.
Não poderia começar por ninguém senão eles: Carlos Dornelles e Júnia Santos. Mãe, pai, vocês sempre me apoiaram em tudo o que eu me meti a fazer, me deram força mesmo quando ela faltava a mim e a vocês. Deixaram a preocupação e a saudade de lado para me apoiarem nessa minha ideia louca e me ajudaram a seguir meus sonhos. VOCÊS SÃO TUDO NA MINHA VIDA! EU OS AMO DEMAIS!

Deus, acima de tudo e de todos, que sempre guia meus caminhos, me faz sentir de um jeito que nem pessoas nem lugares conseguem, me traz o sentido para tudo o que eu vivo. É quem eu sei que me protege e que me matém, porque viver sozinha numa cidade assim tão grande não é algo que eu tenho capacidade sozinha pra fazer.

Meus amigos, que me ajudam sempre que preciso, Mariana Mauro, que foi a primeira que me deu apoio e amizade. Você pode nem saber, mas acho que sem sua amizade naquele primeiro momento eu não aguentaria o peso do novo. Lucas Millecco, que já me acompanhou em tantas saídas, tantas conversas, tantas aulas boas e chatas. Sem você e sem Nathália Machado eu tenho certeza que não teria crescido tanto quanto cresci. Nossas conversas, assim como tudo o que eu vi e vivi aqui, abriram minha mente e me ajudaram a entender muito do que não entendi durante 20 anos de vida.
Toda a turma da EC9, que desde que éramos EC3 se tornou uma coisa só pra mim, com muito ou pouco contato, cada pessoa ali entrou na história da minha vida pra ficar. Com elas me identifico. Com elas batalhei no vestibular, junto com o grito de vitória delas eu também gritei o meu: PASSEIIIIIIIII ! Passamos por muitos momentos juntos!

A família, e aqui leia-se Wanderly Dornelles e Rossana Martinez, por todo o apoio que me deram até agora, me ajudando em vários momentos onde só eles poderiam me ajudar, cada almoço, cada hospedada, cada carona, cada companhia... Muito obrigada por tudo o que vocês fizeram por mim até hoje. Vocês sabem que foram um dos principais motivos pelos quais meus pais me deixaram vir morar no Rio e pelos quais eu me dispus a me mudar pra cá. Por menor que seja, a presença da família ainda fala muito mais alto do que a de amigos e pessoas chegadas.

Quero, preciso, agradecer à Cidade. Sim, ao Rio! Ele é quem me faz sorrir todos os dias, é a sua beleza que eleva meu espírito, é a sua agitação que me põe em movimento e me faz sentir VIVA! É o seu povo que me contagia, que me faz sentir querida, é o seu tamanho que me faz saber que o mundo é muito maior do que isso que a gente vive! Que há muito mais pra se descobrir e que não devemos nos acomodar com nada!

Agradeço por cada nascer do sol, cada sorriso, cada lua cheia, cada caminhada na praia, cada côco gelado, cada novo amigo que fiz, cada aula que tive, cada obstáculo que enfrentei - e passei - e cada sonho que formei e que ainda não se realizou.

Porque um ano se passou, mas eu sei que muitos ainda virão! Só espero que sejam tão bons quanto esse foi.

♥ Rio, eu gosto de você

15 de agosto de 2011

PAI



Ele é o homem da minha vida. Quem em tudo me apoia, me ama por quem eu sou e sempre me ajuda a melhorar. Quem não me abandona mesmo quando eu sou uma louca descontrolada e estúpida, quem não me julga mesmo quando eu erro feio. Ele é quem eu tenho certeza que estará comigo até o fim da vida e além, que não me trocará por nada nem por ninguém. Por ele eu coloco minha mão, meu braço, meu corpo inteiro no fogo e por quem eu levaria um tiro. 
Ele é quem me ensinou tudo o que sei e que me ensina até hoje.
Motivos para homenagear essa lenda viva não me faltam, não é um dia no calendário que me põe a falar coisas bonitas pro meu pai, por isso mesmo estou escrevendo tudo isso hoje, um dia depois do Dia dos Pais, quando todos já sentiram que fizeram sua obrigação como bons filhos ontem e hoje seguem suas vidas rotineiramente.
Eu não. Falei ontem, falo hoje e falarei amanhã e ainda muito depois: Pai, eu te amo! Você é o meu herói, o dono do meu amor eterno e meu maior exemplo.
Você é verdadeiramente a personificação de Deus na minha vida, impossível pensar nEle sem compará-lo à sua figura. De todas as pessoas da minha vida, você é a que mais se aproxima à minha ideia de Deus. Não é à toa que o chamamos de Pai.

Saiba que eu pra sempre vou te amar e que minha felicidade é muito mais completa quando eu estou contigo.
Obrigada por tudo o que você já fez por mim, cada palavra, cada abraço, cada risada, cada conselho e cada bronca. Tudo isso me fez quem eu sou hoje e eu sou muito grata por todo o seu empenho em criar um ser humano, o que com certeza não deve ser tarefa fácil.

Te amo muito!
Feliz segunda-feira dos pais.

7 de agosto de 2011

TUDO MUDAR




Uma música toca no rádio. Executivos saem de terno pelas ruas. 
O relógio explica o sentimento de fome. As mães chamam seus filhos para a mesa.
Tudo continua o mesmo, a vida se renova.
Mas está tudo diferente. Tudo mudou, e você sabe: É um novo começo.
A mente mudou, o coração mudou e a novidade está aí, a bater na porta da frente.
É hora de deixá-la entrar, ou sair com ela para algum lugar.
É a hora de recomeçar.

26 de julho de 2011

DESABAFO




Precisamos voltar no tempo, ao que éramos quando éramos nós mesmos.
Lembrar que o amor é o que mais vale nessa vida e que por ele vale a pena morrer.
Parar de pensar em nossa própria felicidade e pensar na felicidade do outro, e fazer algo por isso.
Viver sem desejar o mal, sem falar o mal, odiando o mal.
Sermos espíritos livres. Livres da sociedade, livre dos vícios, livre dos próprios desejos. Libertar-se para encontrar-se.
Encontrar o bom.
Nos unirmos em família, experimentar o amor incondicional.
Se importar mais com os desconhecidos, e conhecer mais pessoas.
Deixar de pensar um minuto em dinheiro, e governar a própria vida sem ele.

Precisamos nos lembrar das estrelas, do pôr-do-sol, do poder da música, do poder de um abraço.
Precisamos voltar a sorrir mais.
A viver mais.
A viver melhor.

29 de maio de 2011

NO MEIO DO CAMINHO TINHA UMA MONTANHA



Cá estou eu, cabeça entre as mãos, olhos pra além da janela do quarto, que está impossível de alojar um terceiro elemento porque eu e minha solidão já ocupamos todo o espaço vazio.
Os carros se movem por essas linhas cinza-escuro pintadas entre caixotes cheios de janelas e portinhas. Tudo é diferente daqui de cima do meu décimo andar.

As pessoas parecem mais amenas e um tanto menos emotivas, menos humanas até. 

As luzes tremulam na água e os barcos quase não se consegue mais ver. A praia sumiu.

Meu horizonte ficou menor, não sei se pela hora avançada do relógio e pelas lâmpadas quebradas dos postes, ou se pela minha visão que está limitada a ver só uma grande montanha à minha frente.

Negra, alta, parece parar o tempo e os olhares.

Do lado de cá do vidro da janela estou eu, me perguntando se depois dessa montanha está minha casa.
Aqui é meu lar, lá é meu lar. Essa pedra está no meio.

Talvez se eu subir em cima da pedra mais alta eu veja a outra metade da minha casa. 
To pensando em me jogar.

Ter uma pedra tão alta no meio da sala não dá, minha mãe já o diz, vai ficar difícil da gente se ver.
Mães sempre tem razão, eu já devia saber disso, desde a época que passei frio porque não levei um casaco quando saí de casa.

Saí de casa.

E do lado de cá? Tem gente que diz que a festa é bonita e a maré é boa de provar. Realmente, tem maré, e é Maravilhosa. 

Mas é meio maravilhosa. Com m minúsculo.
M de saudade.
Fico me perguntando se depois dessa montanha está minha casa.
Minha, com M maiúsculo.


12 de abril de 2011

RESSURREIÇÃO

Venho aqui publicamente pedir minhas maiores desculpas por ter sumido no blog no último mês.
Entre tantos acontecimentos novos, incluindo uma nova casa pra morar, novas colegas de quarto, nova cidade e um novo semestre na faculdade de Comunicação, o blog foi deixado intocado nesse período, principalmente pela falta de internet na casa nova.

A escrita é uma arte e seu alimento é a inspiração do escritor.
A inspiração está no escritor, inserida na sua vida.
Ou será que não?
É preciso viver algo para escrever sobre ele?

Atirem-me sapatos se estiver errada, mas minha eterna impressão é de que, se o escritor não viveu aquilo que escreve, então suas palavras perdem a credibilidade. Como se, só porque ele não atravessou a ponte, ele não saiba que ela é perigosa. Ou magestral, seja qual for a situação da ponte que você imagina.

As palavras tem significado, verdade por si só. Almejo pelo dia que as pessoas deem a elas seu real valor. Que não importe quem as diz, quem as escreve. Que não importe a que as diz, quem as lê.
Que sejam livres, verdadeiras, totais.
Do jeito que nasceram, para o que nasceram. Que ressurjam.
Para iluminar a vida das pessoas.