15 de fevereiro de 2011

#PRASEMPREFENOMENO




Ontem Ronaldo se despediu do futebol brasileiro. Enquanto ele falava, meus olhos se enchiam de lágrimas ao pensar que aquele cara, 3 vezes o melhor do mundo, intitulado O Fenômeno, se sentia derrotado e dizia ter fracassado na carreira.
Enquanto ele falava minha memória voltava no tempo, a minha e a de todos os brasileiros que acompanharam sua carreira, tenho certeza.

Eu nem sempre gostei de futebol. Teve um tempo na minha vida em que eu era uma menina normal que achava que futebol era uma coisa ridícula onde um bando de homens corriam atrás de uma bola. Mas foi na Copa de 2002 que eu descobri. A mágica, a arte, a alegria dos gramados, a paixão que une uma nação inteira. Lembro de acordar de madrugada para ver os jogos, as aulas serem interrompidas e todo mundo ir para o pátio do colégio ver as partidas numa televisão preta de tubo. Lembro da final.

Nunca vou me esquecer daquela final.

Meu tio iria se casar naquele dia e todos de casa estavam se preparando pra isso. As mulheres costurando os vestidos, os homens lavando seus carros e engraxando sapatos... Mas a tv sempre ligada. No apito final, todos pararam. Todos. Houve silêncio e logo depois muita gritaria. Meu pai me pegou pela mão e disse: “A gente vai pra rua”. Pra rua? Fazer o que na rua?

Cheguei na rua. E foi ali que eu entendi. Um mar verde e amarelo nas ruas da Tijuca, gritando, comemorando, pessoas se abraçando e andando sem rumo. Não era o destino que importava, afinal.

Nessa Copa eu descobri o futebol, e descobri Ronaldo. R9, Fenômeno, Ronaldinho. Tem o gramado como palco, a bola como troféu, o talento como marca, a superação como sobrenome.

Obrigada Ronaldo, por fazer parte da minha história. 

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